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Aeroportos com wi-fi grátis

Há quase duas semanas, já é possível acessar a internet de forma gratuita em dez aeroportos brasileiros: Guarulhos, Congonhas, Galeão, Santos Dumont, Recife, Fortaleza, Pampulha (MG), Salvador, Brasília e Porto Alegre. Ainda neste mês, os aeroportos de Campinas, Manaus, Natal e Curitiba também devem ter o acesso liberado.

Para usar o serviço, o passageiro será orientado a fazer um cadastro ao abrir o navegador. Depois, terá de inserir o número do cartão de embarque para validar o acesso. O acesso não é ilimitado: cada um tem duração máxima de seis horas e não pode ser feito por uma segunda vez, se o passageiro fizer conexão.


Folhapress

A iniciativa de liberar o acesso gratuito à internet partiu da Infraero, estatal brasileira que administra a aviação nacional, já que o acesso pago (comum em outros países) não vingou no Brasil, de acordo com Gustavo Vale, presidente da instituição, em entrevista à Folha de S. Paulo. A Infaero propôs à empresas que oferecem serviço de conexão à internet uma troca do acesso gratuito por publicidade nos aeroportos.

Hoje, apenas a operadora TIM está oferecendo o serviço, mas em breve Linktel e Net também devem concorrer. A chegada das duas empresas deve aumentar a oferta do serviço: hoje, de acordo com a Folha, apenas 500 passageiros em Cumbica e 600 em Congonhas teriam acesso ao serviço, embora o número de passageiros nas salas de embarque seja de 1700, a cada hora.

Com a crescente popularização dos smartphones, tem sido cada vez mais comum perceber uma diferente forma de viver os espaços nos aeroportos do que a de anos atrás. Com a abertura do território informacional, a partir da liberação do acesso à internet, essa forma de viver o espaço deve ganhar ainda mais adeptos, uma vez que agora há liberdade de adentrá-lo.

O aeroporto, considerado por muitos anos como um local de passagem, começa a ser concebido como espaço de uma permanência curta, mas suficiente para que seja incentivado, por meio de mecanismos desenvolvidos por iniciativas particulares e estatais, o livre acesso à redes informacionais. Cada vez mais, espaços para a circulação de pessoas são, também, espaço para a circulação de informação.